domingo, 17 de março de 2013




Ele: Senti sua falta hoje na escola, por que você não foi?
Ela: É, eu tive que ir ao médico. 
Ele: Ah, mesmo? Por que? 
Ela: Ah, nada. Consultas anuais, só isso. Então, o que tivemos em matemática hoje?
Ele: Você não perdeu nada demais. Só um monte de anotações.
Ela: Ok, bom. 
Ele: É. 
Ela: Ei, tenho uma pergunta. 
Ele: Fale. 
Ela: O quanto você me ama? 
Ele: Você sabe que eu te amo mais que tudo. Por que a pergunta? 
Ela: (silêncio)
Ele: Tem algo errado? 
Ela: Não, nada mesmo. 
Ele: Ok. 
Ela: O quanto você se importa comigo? 
Ele: Eu te daria o mundo numa batida de coração, se eu pudesse. 
Ela: Daria? 
Ele: É, claro que eu daria. (parecendo preocupado) Tem alguma coisa errada?
Ela: Não, tá tudo bem.
Ele: Tem certeza? 
Ela: É. 
Ele: Ok, eu espero. 
Ela: Você morreria por mim?
Ele: Eu me jogaria em frente uma bala para ela não te atingir, a qualquer dia. 
Ela: Mesmo?
Ele: Mesmo. Mas agora, sério mesmo, aconteceu alguma coisa?
Ela: Não, eu tô bem. Você tá bem, nós estamos bem. Tá todo mundo bem.
Ele: Tá, então.
Ela: Bom, tenho que ir. Te vejo amanhã na escola. 
Ele: TchauEU TE AMO.
Ela: Também te amo, tchau. 
O OUTRO DIA NA ESCOLA:
Ele: Ei, você viu minha namorada hoje? 
Amigo: Não. Ela não estava aqui ontem também não. 
Ele: Eu sei, ela estava agindo estranho no telefone ontem 
Amigo: É cara, você sabe como as garotas são de vez em quando.  
Ele: É, mas ela não.
AQUELA NOITE:
(o telefone toca)
Ela: Alô?
Ele: Oi.
Ela: Ah, oi. 
Ele: Por que você não foi na escola hoje de novo?
Ela: Ah, eu tinha outra consulta no médico. 
Ele: Você está doente? 
Ela: Hm, eu tenho que ir, minha mãe tá me chamando. 
Ele: Eu espero. 
Ela: Pode demorar, te ligo depois. 
Ele: Tudo bem então, te amo
(longa pausa)
Ela: (chorando) Olha, acho que devíamos terminar. 
Ele: O que?! Por que? 
Ela: Acho que é o melhor pra nós dois agora.
Ele: POR QUE? 
Ela: Eu te amo. 
(ela desliga)
A GAROTA NÃO FOI PRA ESCOLA POR MAIS TRÊS SEMANAS, E NÃO ATENDEU AOS TELEFONEMAS.
Ele: E ai, cara. 
Amigo: Oi. E ai, falou com sua ex? 
Ele: Não. 
Amigo: Então você não soube? 
Ele: Soube o que?
Amigo: Não sei se eu seria a melhor pessoa para te contar, então, ligue nesse telefone. (passou um papelzinho para ele)
ELE LIGA NO NÚMERO DEPOIS DA ESCOLA.
Voz: Alô, Suppam County Hospital, aqui é a enfermeira Beckam.
Ele: Ah, eu devo ter ligado no número errado, estou procurando por uma amiga. 
Voz: Qual é o nome dela? 
(o garoto dá as informações)
Voz: Sim, esse é o número certo. Ela é uma de nossas pacientes. 
Ele: É mesmo? O que aconteceu? Ela está bem?
Voz: O quarto dela é o número 646, no prédio A, suíte 3. 
Ele: O QUE ACONTECEU? 
Voz: Por favor, venha aqui e veja o senhor mesmo, obrigada.
Ele: Espera! Não! 
(o telefone já tinha sido desligado)
O GAROTO FOI PARA O HOSPITAL. A GAROTA ESTAVA DEITADA NA CAMA DO QUARTO. ELA PARECIA FRACA.
Ele: Meu Deus, você está bem?
Ela: (silêncio)
Ele: Amor, fala comigo!
Ela: Eu.. eu tenho câncer. Estou em suporte de vida. 
Ele: (começa a chorar)
Ela: Eles vão desligar tudo hoje à noite. 
Ele: Por que?!
Ela: Eu queria te contar, mas eu não podia.
Ele: Por que não? 
Ela: Eu não queria te machucar. 
Ele: Você nunca poderia me machucar.
Ela: Eu só queria ver se você sentia o mesmo que eu sinto por você
Ele: ?
Ela: Eu te amo mais que qualquer coisa. Eu te daria o mundo em uma batida de coração. Eu me atiraria em frente a uma bala para te salvar. Eu morreria por você.
Ele: …
Ela: Não fique triste, eu sempre vou te amar, estando aqui ou não. 
Ele: Então por que você terminou comigo? 
Enfermeira: Ei, jovem, o tempo de visita já acabou. 
O GAROTO SAI, AS MÁQUINAS DE SUPORTE DE VIDA FORAM DESLIGADAS. ELA MORREU. 
Mas o que o garoto não sabia é que a garota só fez aquelas perguntas à ele para poder ouvir ele dizer aquelas coisas uma última vez, e ela só terminou com ele porque ela só tinha mais três semanas de vida e pensou que assim causaria menos dor à ele, dando um tempo para ele esquecê-la antes dela morrer.
NO PRÓXIMO DIA:
O garoto foi encontrado morto com uma arma em sua mão, e com um pequeno papel na outra, escrito:
Eu disse à ela que levaria um tiro por ela, assim como ela disse que morreria por mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário